Como o Deus doente que o seu vizinho confia
Você perdeu todo o juízo que tinha
Quando resolveu partir
Diz ser capaz de encontrar sozinha a paz
Mas sabemos que você não é mais
Quem costumava sorrir
Com os olhos cheios de mágoa
Com os punhos cerrados de raiva
Não há água fresca que te acalme
Não há um salmo que te salve
Diz perdoar, mas nunca estendeu a mão
Fez-se surda e então ecoou o "não"
Ser sensível não te serve
Não se perde o que não se teve
Sabes bem o seu caminho
Se confias em destino, acredita em mim
Ages como se fosse divina
E pegando um desvio, atrasa, mas ao fim diz um sim.
23fev.10
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