segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Não.

Como o Deus doente que o seu vizinho confia

Você perdeu todo o juízo que tinha

Quando resolveu partir

Diz ser capaz de encontrar sozinha a paz

Mas sabemos que você não é mais

Quem costumava sorrir

Com os olhos cheios de mágoa

Com os punhos cerrados de raiva

Não há água fresca que te acalme

Não há um salmo que te salve

Diz perdoar, mas nunca estendeu a mão

Fez-se surda e então ecoou o "não"

Ser sensível não te serve

Não se perde o que não se teve

Sabes bem o seu caminho

Se confias em destino, acredita em mim

Ages como se fosse divina

E pegando um desvio, atrasa, mas ao fim diz um sim.


23fev.10

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