Um carro branco encosta, desliga-se o motor e as janelas sobem.
O passageiro desce, de encontro a outro grupo de pessoas do outro lado da rua, eles se cumprimentam e vivem o momento, um momento duvidoso.
O dono do carro resolve sair, acompanhado de uma mulher com a qual meus olhos não enxergaram direito, e vai até a esquina, sua sina é duvidosa.
Após alguns instantes, pessoas inspiram fortemente pelas narinas, a ponto de fazer a esquina toda escutar, eles consomem.
O passageiro do banco traseiro encontra o motorista e se despede.
O motorista com a cara de quem não dorme há dias, diz adeus com um ar estupefato, cansado do que faz, livre com a sua impunidade, mas aprisionado pelo que sua alma provavelmente vá pagar.
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